segunda-feira, 27 de setembro de 2010

História na sala de aula


Por Admarino Júnior

No momento estou fazendo parte de um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) -
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID – CAPES - coordenado pela Profª Dr. Franciane Gama Lacerda, sobre o ensino de História, História e Educação, entre outros temas relacionados ao “magistério” com o objetivo de promover a articulação integrada da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema público.

Muitas “coisas” interessantes são colocadas em foco de debate, que na minha opnião seria importante compartilhar aqui nesta minha “terceira margem do rio” (este blog) com todos.

Bom, para início de conversa, é comum ver professores frustrados porque não conseguem dar toda a matéria ao longo do ano letivo. Mas será que sobrecarregar os alunos com uma profusão de datas e nomes é o melhor caminho?

É por isso que indico a leitura do Livro intitulado “História na sala de Aula: conceitos, práticas e propostas/ Leandro KArnal (org.) – 5 ed. 1 reimpressão – São Paulo: Contexto, 2008. Este livro defende uma forma mais eficaz de lecionar história: estabelecendo um vínculo entre o patrimônio cultural da humanidade e o universo cultural do aluno. É possível demonstrar a atualidade de fatos tão cronologicamente remotos quanto a situação das mulheres na Idade Média, a insatisfação dos plebeus na Roma Antiga ou as aspirações ambíguas dos burgueses no século XVIII. Selecionar conteúdos que realmente fazem sentido.

A informação só se transforma em conhecimento quando selecionada, depurada, discutida, organizada, assimilada. E produzir conhecimento é o grande desafio do professor de História.

Este Livro sugere e discute estratégias para que esse objetivo seja cumprido. O primeiro capítulo, “Por uma História prazerosa e conseqüente”, critica a superficialidade do ensino na era da informação instantânea e prega a necessidade de valorizar o conhecimento humanista. “Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos” ajuda o professor a estabelecer critérios para selecionar os conteúdos das aulas, enquanto “Educação para um mundo em transformação” chama a atenção para a necessidade de o professor está atento a atualidade sobre o que se passa no mundo. “Transversalidade e a renovação no ensino de História” propõe a valorização do ensino por conceitos, para que o aluno consiga relacionar acontecimentos históricos de épocas diferentes. “Novas formas de abordar o ensino de História”, vislumbra as transformações e desafios que o professor terá pela frente.

A segunda parte do livro apresenta visões inovadoras para o ensino de temas essenciais no currículo do ensino fundamental e médio – História Antiga, Idade Média, História Moderna, História da América, História Contemporânea, História do Brasil e História das religiões.

Por tanto, o livro História na sala de aula serve para o professor interessado em aprimorar seu desempenho profissional e tornar as aulas mais proveitosas para os alunos.

Interrogar o passado a partir de questões que nos inquietam no presente é a chave para cumprir a missão de ajudar os estudantes a entender o mundo em que vivem, dando-lhes condições de contribuir para torná-lo melhor.



3 comentários:

  1. Acho a tua iniciativa boa. Mas além do que foi discutido neste post, é válido ressaltar a transdisciplinaridade como viés em potencial para a formação de estudantes do ensino básico. Pois existe a tendência, tanto por parte dos professores quanto dos discentes, de polarizar os saberes e julgá-los superiores e/ou inferiores aos outros.
    Outro ponto importante a ser discutido é a iniciação filosófica nos primeiros anos do ensino básico, já que esse contato com os conceitos básicos da Filosofia PODE alavancar o poder crítico, o entendimento da importância do estudo dos estudantes e, além disso, evitar um grave problema que se encontra nos colégios de nosso país: a rejeição imediata ao estudo da Filosofia. Isto, como nós sabemos, traz consequências danosas aos estudos daqueles que frequentam o ensino superior e faz o ciclo de comodismo frente a um ensino público (e até mesmo privado) sucateado e frágil permanecer.

    ResponderExcluir
  2. A iniciação filosófica também é um caminho plausível a ser seguido. No entanto, o que temos que colocar como ponto central é a formação do professor que irá trabalhar suas disciplinas de forma clara, concisa e que tenha sentido e significado para nossos alunos.

    ResponderExcluir
  3. Ser professor e ensinar História é uma luta constante , porém, gratificante.

    ResponderExcluir