quarta-feira, 27 de outubro de 2010

20 qualidades do professor ideal

Ao listar características de bons professores, o Referencial para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente reconhece que nem todos podem ser avaliados por provas

O docente ideal:

1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.

2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.

3. Conhece as didáticas das disciplinas.

4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.

5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.

6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.

7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.

8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.

9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.

10. Institui e mantém normas de convivência em sala.

11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.

12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.

13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.

14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.

15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.

16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.

17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.

18. Trabalha em equipe.

19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.

20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.

Retirado do Site: http://revistaescola.abril.com.br/

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Os jovens e a tecnologia

Para os jovens, o mundo virtual é um espaço de expressão e descoberta. Mas é preciso orientá-los a reconhecer e a evitar os riscos da internet.

A importância de assinalar o limite entre público e privado



A possibilidade de se verem como sujeitos que têm uma história própria, capazes de fazer algo sozinhos e de experimentar no mundo virtual coisas em que temem fracassar na realidade concreta, explica a necessidade de estarem conectados o tempo todo. Querer conquistar privacidade em relação aos pais é uma das marcas da adolescência. "Os jovens começam a esconder alguns assuntos da família e a lutar pelo direito de ter segredos. Eles precisam ter e fazer coisas em espaços fora do núcleo familiar para serem vistos como sujeito com vontade própria", ressalta Vanessa Vicentin, especialista em Psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP). A internet passa a ser o palco dessa busca pela individualidade, mas acaba gerando uma situação paradoxal: se por um lado é um lugar longe dos olhos dos pais, por outro torna-se a tela em que a exposição atinge graus extremos: adolescentes postam dados pessoais importantes, narram o dia a dia para todos, falam sobre coisas privadas com quem não conhecem e publicam fotos e vídeos, muitas vezes comprometedores - como ocorreu com o casal gaúcho citado no início do texto.

"Só quando as coisas dão errado é que eles percebem que exageraram na exposição", afirma Vanessa. Em muitos casos, os pais também têm uma parcela de culpa. Segundo as pesquisas, os jovens que mais se expõem na rede são filhos de pessoas que não respeitam a privacidade deles no mundo real - leem os diários, checam as ligações e mensagens dos celulares e não constroem uma relação de confiança e de respeito.

Ajudar a construir a noção de privacidade é a melhor contribuição dos adultos. Uma possibilidade é dialogar sobre o comportamento de cada jovem no mundo virtual: como ele está lidando com os amigos da web? O que ele conta ou não? Que fotos e vídeos tem postado nos sites de relacionamento social? Agindo assim, pais e professores intervêm sem invadir o espaço da garotada. O ponto central é mostrar a existência de coisas que podem ser divididas com todos e outras que são particulares. "Com boas orientações e atenção emocional, o adolescente aprende a reconhecer a privacidade e terá no mundo virtual um comportamento tão ou mais saudável do que no real", completa Vanessa.

Texto retirado do Site: http://revistaescola.abril.com.br/

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rejeitados, jamais

O abandono de crianças na Colônia era visto como uma alternativa mais aceitável do que o aborto ou o infanticídio

A Bíblia conta a vida de Moisés, abandonado pelos pais e criado pela filha de um faraó; a cidade de Roma teria sido fundada por Rômulo e Remo, duas crianças desamparadas alimentadas pelo leite de uma loba e recolhidas por um casal de pastores. Essas biografias podem parecer lendas, mas estão ligadas a práticas que já foram bastante comuns. Muitas vezes acreditou-se que o abandono dos filhos pelos próprios pais fosse legítimo, assim como deixá-los à mercê de pessoas dispostas a criá-los. Fossem pobres ou ricos, brancos ou mestiços, filhos de mães solteiras ou de relações espúrias, muitos eram largados no mundo da mesma forma.


O acolhimento de crianças enjeitadas começou no Ocidente medieval, em estabelecimentos que utilizavam uma “roda” – uma espécie de portinhola giratória onde o bebê era deixado, para ficar sob os cuidados de uma instituição de caridade, sem que sua procedência pudesse ser identificada pelos internos –, ajudando a manter o anonimato da mãe e as chances de sobrevivência do bebê. Esse modelo de acolhimento de recém-nascidos ganhou inúmeros adeptos por toda a Europa, principalmente a católica, a partir do século XVI.

A roda também foi muito usada em Portugal, e com o surgimento das irmandades da Misericórdia a partir de 1498, uma rede de auxílio, que era controlada pelas Santas Casas e financiada pelas Câmaras municipais, se espalhou pelo território continental. Essencialmente laicas, essas irmandades eram dirigidas pelas principais famílias locais, que se uniam para tentar aliviar o sofrimento dos mais pobres. Elas acolhiam, batizavam, registravam e encaminhavam as crianças para as amas de leite contratadas. Também as vestiam, e as enterravam num campo santo, caso viessem a falecer.


Por
Renato Franco


terça-feira, 19 de outubro de 2010

manuscritos do mar Morto


O departamento israelense de Antiguidades e o gigante americano da internet Google anunciaram nesta terça-feira o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.

"É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense de Antiguidades, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.

A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia multiespectral desenvolvida pela Nasa, a agência espacial americana. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados e traduções dos textos colocadas à disposição.

"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.

Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.


Fonte: http://www.folha.uol.com.br/

Racismo

Por Admarino Júnior

No último domingo (17 de outubro de 2010) em uma partida pelo campeonato italiano, o camaronês Samuel Eto’o da Internazionale de Milão foi alvo de cânticos e insultos racistas pelos torcedores do time adversário, o Cagliari. O árbitro paralisou a partida por três minutos e disse que a bola só voltaria a rolar quando os torcedores do Cagliari parassem com os insultos.

A Liga Italiana de Futebol anunciou nesta terça-feira (19 de outubro) que o Cagliari foi punido com uma multa de € 25 mil (R$ 59 mil) por atos racistas.

O racismo é um fenômeno mundial que deve ser combatido de forma global. No Brasil temos inúmeras situações de racismo que em muitos casos é velado. Com isso, nós, professores e educadores temos que estar atentos e preparados para saber discutir essas questões em sala de aula. Levar essa discussão para a escola é condição Sine qua non para combatermos essa violência de inferiorizar o outro pela “raça”.

Para entender mais sobre a questão do Racismo no Brasil, eu indico a leitura do livro intitulado “O espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870 – 1930” de Lilia Moritz Schwarcz. Um excelente livro e um bom caminho para se aprofundar na temática.

**Referência

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870 – 1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

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sábado, 16 de outubro de 2010

Este blog faz a minha cabeça

Gostaríamos de agradecer a Rosielly Cecim [http://rocecim.blogspot.com/] pelo seu singelo carinho de nos presentiar com este belo selo. Nós, dos Goliardos agradeçemos de coração.

Um Grande Abraço!!!


OBRIGADO!!!!!!!!!!!!

\O/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia do Professor ²


15 de Outubro, dia do professor.

Os GOLIARDOS, desejam um grande abraço a todos os professores e professoras, educadores e educadoras deste País. E, como diria um grande revolucionário da década de 60:

" HASTA LA VICTÓRIA, SIEMPRE"



...

Dia do Professor

Hoje é dia do professor. Um dia escolhido no calendário para homenagear esta profissão. Porém, para nós, Goliardos, todos os dias são do professor. Não quero me deter aqui para “falar” das dificuldades que a profissão enfrente, das precariedades das escolas publicas, dos baixos salários e da descriminação da profissão. Isso todos já sabem, apesar de que é extremamente importante discutir isso também.

Pelo contrário, quero discorrer sobre a magia, o prazer, o amor e o encantamento de ser professor. Para expressar isso, colocarei uma cena impactante do filme “sociedade dos poetas mortos” que vale mais do que mil palavras para expressar todos os sentimentos de ser professor.




O filme é excelente! Quem nunca viu, veja.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O imaginário Cotidiano

Por Admarino Júnior

Eu estava lendo o livro intitulado “O imaginário cotidiano” de Moacyr Scliar, que narra histórias fictícias do cotidiano brasileiro. Num simples estalo, resolvi colocar uma pequena história aqui no blog para descontrair um pouco.

**Sonho de Lesma

Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixamos a história será tão desprezível quanto a gosma que nunca marca a nossa passagem pelos pavimentos.

A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele parente distante, o escargot. O simples nome já deixava fascinada: um termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e até com admiração. Mas lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos, enquanto nós, pelo menos temos a chance de sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita lesma...

Assim pensando, resolveu sacrificar sua vida por seu ideal. Para isso, traçou um plano: tinha de dar um jeito de acabar numa cozinha refinada. O que não seria tão difícil. Perto dalí havia uma horta onde eram cultivadas alfaces destinadas a Gourmets. Uma dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo.

Foi até a horta, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato, foi acolhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido.

Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comer, constatou horrorizada, a presença da lesma. Chamando, o gerente a princípio negou a evidência: disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada: eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o direito do consumidor?

Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de carona em certas alfaces.

Aí, eu pergunto para encerrar: quantas lesmas nós já vimos serem jogadas no lixo por insistirem em um sonho???

**Referência

SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano (crônicas brasileiras). 4º edição - São Paulo: Gaia, 2006.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pássaro dos Sonhos




" Eu adoraria pintar como o pássaro canta."

[Monet]



Pássaro de cauda colorida,
Pronto a voar nessa vida,
Pássaro de voltas e de idas,
De abraços e partidas,
É só despedida,
É um pássaro de sonhos.

(Celso Mathias)


http://artedecelsomathias.blogspot.com/

12 de Outubro

No Brasil, o Dia das Crianças foi criado por um político: o deputado federal Galdino do Valle Filho, na década de 1920. Em 1924, o então presidente da República, Arthur Bernardes, teria institucionalizado a data através do Decreto número 4.867, de 5 de novembro de 1924. Naquela época, apesar da criação da data, o mercado brasileiro não era tão dinâmico e o Dia das Crianças não era comemorado como nos dias de hoje, nos quais as famílias se veem na obrigação de dar presentes aos menores.

Foi na década de 1960 que a coisa mudou. Naquela época, observando que a data poderia ser utilizada comercialmente e render bons lucros, a fábrica de brinquedos Estrela e a indústria Johnson & Johnson se uniram para lançar a “Semana do Bebê Robusto”. Como o próprio nome dizia, durante essa semana se exaltava a saúde das crianças e sua aparência física, que poderia ser melhorada, é claro, com os produtos da Johnson & Johnson e com o acalento dos brinquedos da Estrela. A partir dessa campanha, outras empresas aderiram à data para aumentar suas vendas e, atualmente, o Dia das Crianças responde por uma considerável fatia das vendas das lojas, só perdendo para o Natal e para o Dia das Mães. O setor de brinquedos e vestuário espera ansiosamente por essa data, pois sabe de sua importância para as crianças de todo o país.


Em alguns países, o Dia das Crianças é comemorado em outras datas. Em Portugal e nos países de língua portuguesa, como Moçambique e Angola, por exemplo, o Dia das Crianças é comemorado em 1.º de junho. Na Índia, o dia 15 de novembro foi escolhido como data comemorativa das crianças. No Japão e na China, escolheu-se o 5 de maio.

Outros países comemoram o Dia das Crianças em 20 de novembro. Nessa data, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração dos Direitos das Crianças em 1959. Dentre outras prerrogativas, essa declaração preconiza que as crianças devem ter cuidados especiais antes e depois do nascimento, acesso a uma educação de qualidade, cuidados dos pais e do Estado, entre outras medidas.

Por Elaine Maringá

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Por que os jovens estão tão violentos?

Mergulhar nas causas do fenômeno é um bom começo para ir além do choque. De início, é preciso lembrar que a agressividade tende a andar com a juventude, uma fase de descoberta também dos impulsos violentos. Na puberdade, o contato físico é uma maneira inconsciente de explorar a pele do outro. Essa atividade envolve uma experimentação que pode ganhar formas mais ríspidas, sem necessariamente indicar descontrole ou intenção de humilhar.

Mudanças fisiológicas também explicam parte da agressividade. Na passagem para a adolescência, o centro de recompensa, área cerebral relacionada à produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar), é reduzido à metade. Como os níveis da substância caem, o adolescente tem mais dificuldade em ficar satisfeito - daí vem a irritabilidade que marca o período. Inclinado à impaciência, ele pode se alterar com qualquer contrariedade.

O ambiente social também influi. A começar pelas características de gênero (que se referem aos papéis culturais que a sociedade atribui a homens e mulheres). Um exemplo: a partir do momento em que um garoto desafia o outro numa briga, a recusa é vista como uma falta de virilidade, já que a dominação e o perigo são tidos como características masculinas. Isso ajuda a entender porque 90% das agressões em ambiente escolar são cometidas por meninos.


**Texto retirado da Revista Nova Escola, escrito por Camila Monroe.

Para saber +


http://revistaescola.abril.com.br/

Ter atitude e postura profissional

"Meu primeiro trabalho na rede pública foi com turmas de 6º, 7º e 9º anos e, no início, me senti desanimado. Os alunos eram indisciplinados, não tratavam bem uns aos outros e discutiam bastante. O contexto social em que viviam era difícil e cheguei a questionar se seria mesmo possível ensinar diante dessas circunstâncias. Mas, em vez de desistir, resolvi investigar melhor o porquê da indisciplina - e isso fez toda a diferença no meu trabalho. Percebi que, ao não se sentirem ouvidos, os jovens perdiam o interesse pelas aulas. Era necessário valorizar o que eles sabiam e, sobretudo, respeitar seu cotidiano. Fiz isso, por exemplo, quando discuti a situação dos negros hoje, traçando um paralelo com as questões históricas da escravidão. Ouvi o que pensavam sobre isso: muitos citaram o preconceito como um grande problema vivido por eles. Assim, a aprendizagem do conteúdo começou a fazer sentido e eles passaram a ficar mais atentos às aulas. Ainda assim, se surgia alguma briga, eu deixava claro que, como qualquer outro lugar, a sala de aula também tem normas de convivência. Em vez de impor regras, coloquei o tema em discussão e os atritos diminuíram. O que me fez mudar a postura foi a crença de que todos, independentemente de seu histórico e comportamento, têm a capacidade e o direito de aprender e, por isso, devemos sempre esperar o melhor de cada um. Todo docente deve analisar cada caso, olhar para as dificuldades de convivência, pensar em estratégias para sanar os problemas e criar o melhor ambiente para a aprendizagem. Envolver os pais nesse processo ajuda. Deixo claro para eles que é essencial mostrar aos filhos como se importam com a vida escolar deles. O que ocorre na sala de aula é reflexo da Educação como um todo. Para discutir com colegas sobre como as políticas públicas se afastam ou se aproximam do que o docente precisa, me tornei monitor no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Essa reflexão deveria se estender a todos nós, professores, os principais interessados, juntamente com os alunos, na melhoria da qualidade do ensino."

Leandro Pereira Matos, 26 anos, professor de História na EM União da Betânia, em Juiz de Fora, a 276 quilômetros de Belo Horizonte


** http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/seis-caracteristicas-professor-seculo-21-602329.shtml?page=5

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

TI-RI-RI-CA

Por Admarino Júnior

Nunca na história desse País, o ditado popular se tornou tão verdadeiro, "alegria de pobre dura pouco" e pouco mesmo. A Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou denúncia nesta segunda-feira (4) contra Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como o palhaço Tiririca, eleito com 1.353.820 votos para o cargo de deputado federal - o mais votado do país.

A prova técnica apresentada sobre alfabetização de Tiririca justifica o recebimento da denúncia, anteriormente rejeitada, para início da ação penal, segundo nota do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em sua sentença, o juiz considera que "a prova técnica produzida pelo Instituto de Criminalística (IC) aponta para uma discrepância de grafias", o que leva a uma razoável dúvida sobre uma das "condições de elegibilidade inseridas em declaração firmada pelo acusado, no momento do pedido de registro de candidatura a deputado federal para concorrer às eleições 2010, por meio da qual afirma que sabe ler e escrever".

De acordo com o TRE, Tiririca tem 10 dias para apresentar sua defesa e comprovar que sabe ler e escrever.

É tiririca, num País como o nosso, onde o índice de analfabetismo é imenso, sem falar no analfabetismo funcional, não nos surpreende se você estiver dentro do "bolo". Mas, por enquanto, é apenas expeculação. Vamos esperar os 10 dias e veremos se realmente vivemos num "País das Maravilhas"


PARA SABER +

http://g1.globo.com/

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809691-justica-eleitoral-de-sao-paulo-aceita-denuncia-contra-tiririca.shtml

sábado, 2 de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Analfabeto Político

Por Admarino Júnior

Estamos nos aproximado do tão esperado dia das eleições no Brasil. Iremos eleger deputados federais e estaduais, dois senadores, um governador e um presidente. Em homenagem a esse dia soberano para o país irei postar um aviso em poema do magnífico Bertold Brecht. O poema diz tudo!

“O pior analfabeto

É o analfabeto político,

Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais
"

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Arte = Lucro

Por Admarino Júnior

Meus caros amigo(a)s, eu estava lendo as notícias do jornal a Folha de São Paulo, e deparei-me com uma questão que tornou-se constante no mundo capitalista que vivemos. Estou falando da Indústria cultural. Este termo foi cunhado pelos filósofos da Escola de Frankfurt, sob principal liderança dos pensadores Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse.

A indústria cultural pode ser definida como o conjunto de meios de comunicação como, o cinema, o rádio, a televisão, os jornais e as revistas, que formam um sistema poderoso para gerar lucros e por serem mais acessíveis às massas, exercem um tipo de manipulação e controle social.

E por que estou falando disso aqui? Simplesmente porque, ao ler a Folha de São Paulo, olhei o anúncio da Biografia do novo “fenômeno” da música pop, Justin Bieber. A obra percorre os principais acontecimentos da vida do astro teen. Desde quando levava uma vida comum até alcançar o sucesso.

É até engraçado ler isso, e mais engraçado ainda é pensar o que um garoto de 16 anos tem a dizer em sua “grande” experiência de vida como artista muscial. Não estou anulando aqui um "possível" talento ou propensão do rapaz ou de qualquer outro para a música. E sim, chamando atenção para ação do capital ao manipular a arte em detrimento do lucro. Tudo isso, é fruto de uma questão mercadológica.

Quanto mais nos enveredamos pelo século XXI, Mais a arte se tornou em todas as tendências uma característica de uma manipulação mercadológica. Este garoto, suas músicas e sua biografia é simplesmente falsificação da arte. É criado simplesmente para lucrar. É interessante que é uma onda que contagia as massas porque como disse o escritor Ariano Suassuna, “Não se oferece o filé da carne para as pessoas, e sim, o osso.” Ou seja, não é oferecido uma arte de qualidade as pessoas, porque o que importa é gerar lucro, com um produto puramente mercadológico e sem compromisso com a estética da arte.

Nada contra a este estilo musical, tudo contra com o fechamento e afunilamento de se render apenas a uma arte mercadológica. O mais interessante que daqui a pouco o sistema vai explorar, explorar, explorar tanto a figura deste garoto, que depois vai cair no esquecimento, no ostracismo e ninguém suportará escutar suas musicas. Foi o que aconteceu com os Rebeldes, High school music, Ricky Martin, Backstreet boys, N’sync, entre outros, ditos “fenômenos” musicais.