quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Patrimônio em Perigo


Por Goliardo Romyel Cecim

Em plena Segunda Guerra Mundial, um palacete em Bragança, no Pará serviu de abrigo para o 35º Batalhão de caçadores, que ocupou a cidade. Anos depois o porão da casa foi usado como prisão durante a Ditadura Militar. Mas o projeto incial nada tinha a ver com guerras ou regimes repressivos. A casa foi construída para receber os alunos da primeira escola primária da cidade, a Escola Estadual Monsenhor Mâncio Ribeiro.


Do Palacete imponente de arquitetura eclética, construído em 1939, pouco sobrou. "Está todo depredado. Como não tem vigilante, as pessoas entram e roubam a madeira toda do piso, das portas, das janelas. Agora so tem paredes. Além disso, um crucifixo em mármore, doado à escola em 1936, também foi roubado", conta Dário Benedito Rodrigues, historiador e professor da Universidade Federal do Pará.


Segundo Rodrigues, a situação do imóvel já era precária em 2007. Os alunos foram transferidos para que a Secretaria de Estado de Educação do Pará iniciasse uma restauração. "Desde então, funcionários vêm fazer a visita técnica, mas o projeto não começa. E nós não sabemos o motivo da demora", lamenta o historiador que nasceu na cidade. (Cristina Romanelli)



Retirado da Revista de História da Biblioteca Nacional de Julho de 2010. Página 13.

7 comentários:

  1. É isso mesmo,como historiadores (e ainda mais goliardos) temos que estar atentos ao mundo que nos cerca. Tratar de questões atuais não pode ser preocupação apenas de repórteres. Neste caso infelizmente um documento-monumento (e vice-versa, a recíproca é verdadeira), está sendo perdido por falta de uma política que valorize o patrimônio desta cidade histórica. (por ailson)

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  2. Essa foto tá muito engraçada, mas o texto tá bem legal, muito bom (:

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  3. Ela tá dizendo que eu e o rafael estamos engraçado na Foto. rsrsrsrs... Ainda bem que o texto está bom...

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  4. Em Relação ao patrimônio, eu me encanto ao estudar o final do século XIX e Inicio do XX em Belém do Pará por termos uma inifidade de construções na Belle Époque. Nessa època, Belém era Petit Paris (pequena Paris). Hoje, muitas casas da época estão destruidas sem preservação nenhuma. E o que é pior, estão sendo demolidas. Uma calamida Pública. Infelizmente!!!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Bom é verdade, Belém do período àureo da borracha desenbocou para o mundo como uma cidade nos moldes parienses. Realmente aqui em Belém observamos uma tendência muito forte dos historiadores pelo XIX e inicio do XX. Muito já se produziu e esperamos que surja novas produçoes desse período. Porém, gostaria de ver teses que trabalhem também as cidades do interior. O reflexo da Borracha nas cidades do interios do estado. É preciso ir Além de Belém; Observar que as riquezas produzidas peo ciclo da borracha chegaram a outras cidades. Por exemplo, em CURRALINHO, Cidade localizada na costa sul do marajó observamos algumas construçoes (patrimônios) que foram reflexos da riqueza da borracha.

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  7. Aprovei a postagem. Mantive contato com a Revista de História da Biblioteca Nacional, que solicitou dados da casa e as fotos que estão no texto original da revista, que é de autoria de Cristina Romanelli, conforme postagem abaixo:
    http://profdariobenedito.blogspot.com/2010/07/escola-mons-mancio-ribeiro-e-noticia-na.html
    É preciso creditar isso.
    Abraços fraternos.
    Prof. M.Sc. Dário Benedito Rodrigues
    http://profdariobenedito.blogspot.com

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