- A ideia é integrar através do futebol crianças e jovens de todas as classes sociais para ajudar na formação delas como pessoas, reforçando valores pregados por Che como solidariedade e dignidade – contou Mónica Nielsen, presidente do clube de Córdoba, uma das sedes da Copa América 2011 e que receberá dois jogos da Seleção Brasileira (Paraguai, dia 9 de julho, e Equador, dia 13).
Ao todo, mais de 100 crianças e adolescentes, em categorias que vão desde o sub-10 até sub-16, defendem com orgulho a camisa do clube que, obviamente, conta com a famosa fotografia de Che Guevara feita por Alberto Korda na década de 60 e que se tornou um ícone pop.
- Era inevitável usar sua imagem, tanto no corpo do uniforme, quanto no escudo. Também fizemos questão de colocar a célebre frase “Hasta la victoria siempre!”. Mas também fizemos isso porque muita gente comprava camisas com a imagem de Che apenas para consumo e nada mais. Nossa ideia é que os pequenos usem a camisa e sigam as convicções de Che, sua luta, de sua entrega por um mundo melhor e com justiça social para todos – salientou Mónica, de 51 anos, que cuida de maneira voluntária a administração do clube com ajuda de pais e parentes dos meninos do elenco, em uma gestão semelhante a uma ONG sem fins lucrativos.
Perguntada sobre quem seria o “Messi” do Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara, Mónica, que conta com o aval de parentes e amigos próximos do revolucionário argentino-cubano, foi igualitária, como sua inspiração.
- Temos mais de 100 meninos e todos são os melhores. O importante é que estamos orgulhosos com o que estamos fazendo e, se Che estivesse vivo, estaria aqui conosco, nos ajudando.
Cutucada em Maradona
Mónica só mostrou um pouco de frustração com a falta de apoio de pessoas famosas do futebol, lembrando que muitas delas, argentinas ou não, possuem tatuagens alusivas a Che Guevara.
- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.
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Uma pena que esse símbolo que é Che ainda não inspira-nos aqui no Brasil. O que acontece por aqui são mais ações isoladas, fragmentadas e quando aparecem na mídia, sempre há por trás algum partido político de 'esquerda'. Na minha opinião, hoje não há partido político de esquerda no Brasil que abranja pelo menos 5% por que Ernesto lutava. Fico muito feliz em saber que ainda existem pessoas empenhadas em disseminar a sua ideologia e história de vida...
ResponderExcluirAbraços, Goliardos,
Mário