quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Os Homens Preferem as Louras"

Bonita, inteligente, bem-humorada e rica, a escritora americana Anita Loos (1888-1981) foi, certamente, uma das mulheres mais interessantes de sua época.

A despeito de tudo isso, na hora de atrair a atenção masculina, Loos, que era morena, sempre ficava em segundo plano diante de fios de cabelos louros. A autora, morta há exatos 30 anos, usou esta dor de cotovelo, digamos assim, para difundir um dos principais mitos culturais (e sexuais) do século 20: a loura burra.

Em 1925, ela publicou "Os Homens Preferem as Louras". O romance é narrado em forma de diário por Lorelei Lee, loira estúpida, de pouca cultura, mas incrivelmente esperta quando quando o assunto é dinheiro.Em busca de algum homem rico que possa financiar sua "educação", Lorelei conta as divertidíssimas peripécias em que se vê envolvida ao redor do mundo.No fim das contas, traça uma hilariante sátira do provincianismo americano e do esnobismo europeu.

Fenômeno de vendas nos Estados Unidos, o livro foi traduzido para inúmeras línguas e ganhou uma continuação em 1928: "Mas os Homens se Casam com as Morenas". Foi filmado em 1928 e inspirou espetáculo da Broadway em 1949.

Em 1953, seria novamente levado às telas pelo cineasta Howard Hawks. No papel de Lorelei, Marilyn Monroe tornou-se o principal símbolo da loura desmiolada. "O legado de Anita foi apresentar uma visão mais irônica sobre o sexo e, também, sobre nós mesmos", diz Cari Beauchamp, autora do livro "Anita Loos Rediscovered" (2003), misto de biografia e coletânea de textos.

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Fonte: http://www.folha.uol.com.br/


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