quinta-feira, 10 de maio de 2012

Germinal

    Filme baseado no livro homônimo do naturalista Émile Zola, retrata a dura vida dos mineiros na França do século XIX. Tocando em temas como Marxismo e Anarquismo, esta obra prima do cinema francês, mostra uma tentativa frustrada de organização da classe mineradora - através da greve - na luta por melhores condições e a dura repressão sofrida por eles. Afinal, sendo uma obra naturalista, onde a ideia do darwinismo social se fazia presente, o mais forte sobrevive.

FICHA TÉCNICA:

Título: Germinal.
Ano: 1993.
Duração: 170 min.
Direção: Claude Berri.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Revolução e Redes Sociais


O ano de 2011 marcou um verdadeiro renascimento dos levantes e passeatas ao redor do mundo. A onda começou na Tunísia e Egito, que depuseram seus ditadores, e chegou à Europa com milhões nas ruas da espanha protestando contra a situação do país. e não parou por aí.

O movimento auto-organizado e apartidário, no melhor estilo de política faça-você-mesmo, se replicou na Grécia e chegou aos EUA, com o Occupy Wall Street. A manifestação contra o poder excessivo dos bancos e das grandes corporações se iniciou com um pequeno grupo tomando uma praça no coração financeiro de Nova York e se espalhou por cerca de 1.500 cidades mundo afora. Até o Brasil teve direito às suas versões, tímidas, em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Esses movimentos todos — que usaram canais como YouTube, Twitter e Facebook para se articular e ganhar massa — mostram uma nova forma de ativismo. Ele não se baseia no instinto de combate e rebeldia das passeatas contra a Ditadura ou a Guerra do Vietnã, nos anos 60, mas em se sentir parte de um todo. A internet e as redes sociais fortaleceram nossa necessidade de compartilhar ideias e colaborar uns com os outros. “As causas passaram a ser a principal forma de nos conectarmos. Daí as pessoas estarem tão dispostas a integrar movimentos”, diz a jornalista norte-americana Tina Rosenberg, autora do novo livro Join the Club: How Peer Pressure Can Transform the World (Junte-se ao Clube: Como a Pressão Social Pode Transformar o Mundo, sem edição brasileira).

Essa vontade de se unir para defender ideais vale não apenas para causas de peso, como derrubar presidentes ou protestar contra a selvageria do capitalismo. Por trás dessas grandes bandeiras, há milhares de outras, menores, mais segmentadas, até mesmo pessoais — como fazer uma viagem, defender as bicicletas como meio de transporte ou conseguir dinheiro para uma instituição — que também encontram seus seguidores. Mesmo que não sejam milhares, eles podem ser suficientes para uma transformação.

Se antes revolução significava uma multidão nas ruas em defesa de uma causa única, hoje esta imagem se fragmentou: são vários pequenos grupos que defendem várias pequenas causas. Nem por isso, elas têm menos força. “Estamos acostumados com a palavra global significando ‘realmente grande’. Mas hoje, graças à internet, é possível termos uma organização global minúscula”, afirma o professor do Programa de Telecomunicações Interativas da Universidade de Nova York Clay Shirky, autor do livro A Cultura da Participação. Sendo assim, se você tem uma causa para lançar, chegou a hora. Há uma multidão aí fora disposta a se engajar em movimentos, colaborar com projetos e ações. Você há de encontrar a parte interessada e levantar sua bandeira.
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Fonte: http://revistagalileu.globo.com/

A coragem de dizer não


Contrariando a atração à frivolidade das mensagens virais que tomam a internet, uma antiga foto de um homem que se recusou a fazer o cumprimento nazista se espalha pelo Facebook e faz sucesso na rede mundial de computadores. Enquanto dezenas de pessoas saúdam o Terceiro Reich, o homem permanece de braços cruzados e com um semblante de desdém.

A imagem foi feita em 1936 – em plena Alemanha Nazista – no Porto de Hamburgo, onde a multidão se aglomerava para assistir ao lançamento de um navio militar. O cidadão se chamava August Landmesse e era operário do estaleiro de Hamburgo. Apesar de ter ingressado no Partido Nazista em 1931, ele foi expulso em 1935 por ser casado com uma judia. A união lhe valeu duas filhas e a prisão por “desonrar a raça ariana”. Em 1941, August foi libertado e enviado à guerra. Em pouco tempo no campo de batalha foi dado como desaparecido em combate e declarado morto. Já a mulher de August teria sido presa pela Gestapo, a polícia secreta nazista, e depois desaparecido.

A história veio à tona apenas em 1991, quando August foi identificado. Ao ver a foto num jornal alemão, Irene, uma de suas filhas, o reconheceu. Enquanto sua irmã foi morar com a avó materna, Irene foi enviada a um orfanato e depois adotada. Em 1996, ela escreveu um livro contando a história da família.

A imagem, que já foi curtida quase 100 mil vezes e compartilhada outras 40 mil, foi publicada no último sábado (dia 4) na página do Facebook do movimento Senri No Michi – uma organização criada após o terremoto e o tsunami de 2011 do Japão, com o objetivo de divulgar ações de caridade.

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Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/nota/a-coragem-de-dizer-nao

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Arqueologia da Ilha de Marajó

Amazônia antes de Cabral

Por volta do ano 1.000 depois de Cristo, sociedades hierárquicas e populosas estavam estabelecidas ao longo das margens do rio Amazonas e seus principais afluentes. Explorando de maneira intensiva os recursos aquáticos e desenvolvendo agricultura nos solos férteis da várzea amazônica, aquelas populações desenvolveram complexas instituições sociopolíticas e uma rica cultura material. Pesquisas arqueológicas recentes têm demonstrado que sociedades extensas, hierárquicas e sedentárias ocuparam também a terra firme, fazendo parte de complexas redes de troca à longa distância. As trocas uniam as sociedades amazônicas e estabeleciam contatos que explicam as semelhanças culturais entre elas, expressas principalmente na produção da cerâmica e na arte rupestre. Objetos e instrumentos de pedra, como machados de basalto e granito e adornos de jadeíte e nefrite circulavam como bens de prestígio, unindo as elites indígenas regionalmente.
Arqueologia da Ilha de Marajó

A cultura Marajoara começou a ser estudada desde o final do século XIX, quando viajantes e naturalistas tomaram conhecimento da cerâmica funerária que era encontrada enterrada em grandes aterros artificiais. Os primeiros arqueólogos a estudar aqueles sítios foram os americanos Betty Meggers e Clifford Evans que, impressionados com a cerâmica altamente elaborada e de ótima qualidade, e com a monumentalidade dos aterros construídos pelos índios, sugeriram, nos anos 1950, que aquele povo teria migrado dos Andes. Hoje entende-se que a cultura Marajoara originou-se localmente, a partir de um processo de mudança cultural que ocorreu entre as comunidades que já habitavam a Ilha desde há 3.500 anos atrás.

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Enquanto isso na escola...

A Historia secreta do Cristianismo

OS APOCRIFOS

Magdala, a favorita de Jesus
Apócrifos revelam que Maria despertava o ciúme dos apóstolos e que Jesus a beijava na boca

Maria Madalena – ou Miriam de Magdala, como está no hebraico – aparece nos apócrifos como uma mulher sábia e respeitada por Jesus. Ela acompanha o mestre em suas pregações e o ajuda a liderar os primeiros cristãos. O Evangelho de Filipe, do século 2, conta que ela era a seguidora preferida de Cristo, o que despertou o ciúme dos outros apóstolos. “Por que a amas mais que a todos nós?”, perguntavam eles ao Senhor. Uma passagem que ainda enfurece muitos cristãos diz que "o Senhor amava Maria mais do que a todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca". A liderança de Madalena também é mencionada no evangelho apócrifo que leva seu nome, também do século 2. Numa passagem, Pedro questiona: “Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos essa mulher?” O texto revela que, apesar dos preconceitos, ela consegue se impor. É uma imagem distante da mulher impura e pecadora que a tradição da Igreja enfatizou durante séculos. Em 1969, o Vaticano reconheceu que houve uma confusão na interpretação das Escrituras (ela teria sido confundida com a pecadora que unge os pés de Jesus no Evangelho de Lucas) e retirou a denominação de prostituta que durante séculos pesou sobre Maria Madalena.
A redenção de Judas
Judas teria entregue Jesus a seu pedido

A história do discípulo que traiu seu mestre por 30 moedas de prata é uma das mais conhecidas do cristianismo. Segundo o Evangelho de Judas – um manuscrito copta (língua falada pelos antigos egípcios) escrito entre os séculos 3 e 4 – o apóstolo pode ter sido condenado injustamente pela história. No texto, descoberto nos anos 70, no Egito, o personagem mais odiado do cristianismo aparece como o discípulo mais próximo e querido de Jesus. Ele denuncia o mestre às autoridades romanas a pedido do próprio Messias, num plano que seria essencial em sua missão de salvar a humanidade. “Nesse contexto, a figura de Judas representa o ideal do discípulo que, recebida a iluminação, cumpre a vontade de Deus, mesmo que ela tenha a ver com a entrega de Jesus à morte”, diz o teólogo Luigi Schiavo. Na versão do Novo Testamento, Judas enforca-se, arrependido. No texto apócrifo é diferente. Ao compreender a importância de sua missão, Judas teria se retirado para meditar no deserto.
A infância de Cristo
Evangelhos mostram lado humano e divino

A literatura apócrifa conta várias histórias sobre a gravidez de Maria e os primeiros anos de vida de Jesus. É uma tentativa de preencher a lacuna da Bíblia, que faz uma única referência à infância do Messias, quando ele visita o Templo de Jerusalém, aos 12 anos. O Evangelho do Pseudo-Mateus, do século 3, conta que o menino fazia milagres ainda na barriga da mãe e que, desde criança, usava seus poderes para curar doentes e ressuscitar os mortos. Mas, quando irritado, ele se comportava como uma criança mimada e vingativa. Certo dia, um menino o derrubou no chão. Jesus então ordenou: “Caia morto!”, e o amigo morreu. Depois, arrependido, o fez ressuscitar. Um de seus passatempos preferidos seria criar seres de barro e lhes dar vida com um sopro. Essa faceta de Jesus pode assustar quem lê os apócrifos. Mas, para teólogo Jacir de Freitas, ela deve ser compreendida no contexto em que o livro foi escrito. “A intenção é mostrar que Jesus tem um lado humano e outro divino, o que é um reflexo de uma época em que a Igreja discutia qual era a natureza do filho de Deus.”
O quinto evangelho
Historiadores acreditam que Evangelho de Tomé seja inspiração de 3 dos canônicos

O Evangelho Segundo Tomé, do apóstolo que precisava “ver para crer”, é o mais polêmico do acervo de Nag Hammadi. O manuscrito contém 114 parábolas e frases atribuídas a Jesus. As citações são semelhantes às da Bíblia, mas refletem o pensamento gnóstico. Nele, Jesus aparece como um mestre mais místico, que orienta os discípulos a reconhecer sua identidade divina e a buscar Deus em qualquer lugar. Ele foi excluído, apesar de ter sido escrito por volta dos anos 60 e 70 do século 1, mesma época dos evangelhos que entraram para o cânone sob a justificativa de serem os relatos mais antigos do messias. Os pesquisadores chamam esse apócrifo de Quinto Evangelho e suspeitam que ele seja o famoso Fonte Q, escrito nunca achado que teria sido a base de 3 dos 4 evangelhos canônicos. Se isso for verdade, os textos bíblicos são adaptações desse apócrifo, dono dos verdadeiros ensinamentos de Cristo.

Diabo! Um funcionário de Deus?


De acordo com o pesquisador Henry Ansgar Kelly, o Satã da Bíblia é um ser moralmente correto, com a tarefa de perseguir e acusar pecadores. Mas sua biografia foi deturpada pelos patriarcas da Igreja Católica


Se a gente fosse fazer um retrato falado de Satanás, ele sairia mais ou menos como Hellboy, das histórias em quadrinhos de Mike Mignolla. Peço desculpas aos fãs, pois o personagem da HQ, no fundo, é um sujeito de bom coração - enquanto o Diabo (alguém duvida?) quer mais é atazanar o ser humano. Mas a comparação vem a calhar, pois é de maniqueísmo que estamos falando. A cultura ocidental se acostumou a pintar o Universo como uma guerra cósmica entre o bem e o mal. E o mal tem a cara do Diabo, um monstrengo escarlate de chifres e rabo, quase sempre com um tridente em punho.

Agora pasme: essa imagem simplesmente não existe na Bíblia. Pelo menos é isso que demonstra o pesquisador americano Henry Ansgar Kelly, professor emérito da Universidade da Califórnia, no livro Satã: Uma Biografia. Kelly garante que a história original do demônio - aquela que está registrada nos textos bíblicos - foi deturpada ao longo dos tempos. Na verdade, o Diabo não seria assim tão ruim quanto se pinta. E a "difamação" começou lá atrás, nos primeiros séculos do cristianismo, por obra de patriarcas da Igreja como são Jerônimo.

Para o pesquisador americano, a Bíblia revela que o demônio era uma espécie de "empregado de Deus" - uma entidade moralmente correta, encarregada de perseguir e acusar os pecadores. No século 2, porém, os pais da Igreja, ao interpretar o episódio bíblico de Adão e Eva no jardim do Éden, associaram-no à imagem da traiçoeira serpente. A partir daí, diz Kelly, ele foi sendo transformado em inimigo de Deus, até virar a representação máxima do mal.

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por Texto Álvaro Oppermann
site: http://super.abril.com.br/religiao/diabo-funcionario-deus-619204.shtml

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O casamento de padres sempre foi proibido. FALSO!

Seguindo o exemplo de Jesus Cristo e de seus discípulos, os primeiros cristãos permaneceram celibatários. A Igreja impôs a regra a seus sacerdotes desde o princípio, certo? Errado!
por Olivier Tosseri

Jesus Cristo jamais proferiu algo contrário ao casamento de religiosos, e alguns de seus apóstolos tiveram esposas e filhos. O judaísmo, crença da qual se originou o cristianismo, não impunha o celibato aos rabinos. Logo, a Igreja Católica também passou um longo tempo considerando aceitável a ordenação de homens casados.

Uma das primeiras tentativas de imposição do celibato aos padres fracassou no Concílio de Niceia, no ano 325. A reunião só conseguiu proibir o casamento depois da ordenação. Ao que tudo indica, porém, nem mesmo essa cláusula foi respeitada rigorosamente, já que vários clérigos do período viviam com suas companheiras e resistiram à nova regra. No século IV, por exemplo, bispos como Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa eram casados, e 39 dos papas tiveram esposas e filhos, que chegaram, em alguns casos, a suceder os pais.

Essa situação começou a mudar com a ascensão de vários monges a cargos de importância na hierarquia eclesiástica. A multiplicação das decisões papais, concílios e sínodos de bispos em defesa da obrigatoriedade do celibato mostra que a força política desse grupo, praticante da renúncia aos prazeres mundanos, alterou bastante a estrutura de poder da Igreja.

A disputa entre opositores e defensores do celibato se acirrou no século X, quando o Império Carolíngio sucumbiu e a Igreja passou a enfrentar dificuldades para impor suas normas aos clérigos. O afastamento das questões espirituais, a prática da simonia (venda de bens sagrados e de benefícios eclesiásticos) e os casos de nicolaísmo (incontinência dos padres que se casam ou vivem em concubinato) se tornaram mais frequentes. Uma reforma era necessária.

Embora iniciada por Leão IX, foi o papa Gregório VII que emprestou seu nome à chamada “reforma gregoriana”. Esse movimento intensificou a crítica à incontinência dos religiosos e passou a valorizar um clero inteiramente voltado à sua tarefa, sem relações familiares que pudessem afastá-lo dos interesses espirituais ou levá-lo a usurpar bens da Igreja para benefício de seus parentes.

Em vários países, como Alemanha, França, Inglaterra e Espanha, essas decisões foram mal recebidas pelos clérigos locais, e o concubinato dos padres persistiu. No entanto, a população aderia cada vez mais às decisões papais e, ansiosa pela renovação de um clero corrupto e permissivo, rejeitava os religiosos que continuavam a ter uma amante ou a praticar atos condenáveis.

Assim, o desejo de um enquadramento melhor dos padres e de uma definição mais restrita de sua disciplina continuou a ganhar força. Os cânones dos concílios de Latrão II (1139), Latrão III (1179) e, finalmente, Latrão IV (1215) reiteraram a proibição ao concubinato dos padres e à ordenação de homens casados. Essas determinações têm sido rigorosamente aplicadas pela Igreja Católica até os dias atuais, a despeito do que fizeram os cristãos ortodoxos: para eles, a ordenação de homens casados continua sendo, a exemplo do que ocorria nos primeiros anos do cristianismo, uma prática perfeitamente aceitável.
Olivier Tosseri é jornalista
Revista História Viva

sábado, 15 de outubro de 2011

Proseando

Prosear é um jeito de falar. Fala sem objetivo definido, como o vôo dos urubus - indo ao sabor do vento. Palavras fluindo. Um jeito taoísta de ser. Para prosa não existe 'ordem do dia', não há conclusões, não há decisões. A prosa não quer chegar a nenhum lugar. A prosa encontra sua felicidade em prosear. Como andar de barco a vela em que o bom não é chegar mas o 'estar indo'. 'A coisa não está nem na partida nem na chegada, mas na travessia', Guimarães Rosa. Prosear é brincar com as palavras. Escrevi uma crônica com o título Tênis x Frescobol, sobre dois tipos de fala. Fala do tipo Tênis tem um objetivo preciso: reduzir o outro ao silêncio por meio de uma cortada. Ter razão. Ganhar o argumento. Convencer. Sempre termina mal. Um ganha, fica feliz e se sentindo superior. O outro perde, fica com raiva e se sentindo inferior. Frescobol é diferente. A felicidade do jogo está em estar acontecendo, em não parar, vai, vem, vai, vem, vai, vem, como numa transa indiana, sem orgasmo, feita de um prazer permanente que não acaba. O orgasmo na transa, como a cortada no tênis, são o fim do brinquedo. Saber prosear, jogar conversa fora, é o segredo das relações amorosas. Nietzsche dizia que quando se vai casar a única pergunta importante a se fazer é 'terei prazer em conversar com essa pessoa quando eu for velho?' Nessa sala estaremos proseando. Falar sobre o que der na telha. Pensamentos avulsos. Dicas. Informações sobre as coisas novas na minha casa. Apareça sempre para prosear!


[Rubem Alves]

sábado, 17 de setembro de 2011

Acervo do Iphan será digitalizado

Órgão de defesa do patrimônio histórico e artístico brasileiro vai disponibilizar na internet sua rica coleção, que inclui mais de 66 mil fotografias.

Em 1937, o Brasil ganhou seu primeiro órgão oficial de defesa do patrimônio, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), criado por um grupo de intelectuais ligados ao modernismo. A sede se localizava na então capital federal, no Rio de Janeiro. Mais de sete décadas depois, esse órgão, responsável pelos tombamentos, restauros e preservação dos bens culturais do país, que trocou o S pelo I em sua sigla, vai modernizar seu arquivo central e digitalizar seu acervo, que ficará disponível ao público pela internet.

O projeto inclui a digitalização de 66,5 mil fotografias do acervo, além da higienização e reorganização dos documentos da Série Inventário do Arquivo Central do Rio de Janeiro, que reúne o material de sua antiga sede. Esse conjunto inclui documentos textuais e audiovisuais sobre as ações relacionadas ao patrimônio cultural brasileiro, como relatórios de viagens dos técnicos e processos de tombamento, além do registro das primeiras décadas dos trabalhos de preservação.

Obs:
Fotografias do acervo registram, por exemplo, cotidiano das populações indigenas na década de 1950.
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Por
Graziella Beting
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Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/

Machado de Assis 'branqueado'

Comercial da Caixa gera polêmica ao por ator branco para interpretar o escritor, que era mulato.

A polêmica está no ar. A última campanha publicitária da Caixa Econômica Federal, em comemoração aos seus 150 anos, pôs um ator branco interpretando o escritor (e mulato) Machado de Assis (1839-1908). O comercial, de um minuto, está sendo veiculado em canais de televisão abertos e fechados.

O erro histórico virou assunto nas mídias sociais. O escritor Haroldo Costa lamentou o “grande equívoco” – principalmente porque, segundo ele, esta não foi a primeira vez que Machado foi “branqueado”.

“É lamentável que uma instituição do governo deixe passar esse erro histórico. E o pior é que não foi a primeira vez que tal equívoco aconteceu. Muitas publicações já ‘branquearam’ o escritor de tal forma que, em algumas fotografias, ele pareceu quase loiro”, comentou Haroldo, que pede a manifestação das entidades em defesa do movimento negro diante da questão.

Outro lado

Já a Caixa, em nota enviada por meio de sua assessoria, afirmou que "o banco sempre se notabilizou pela sua atuação pautada nos princípios da responsabilidade social e pelo respeito à diversidade. Portanto, a Caixa sempre busca retratar em suas peças publicitárias toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país".

A instituição listou algumas ações para comprovar sua idoneidade, algumas, segundo ela, "reconhecidas pelos brasileiros, inclusive pelos movimentos sociais ligados a causas raciais".

Como exemplo a instituição cita a produção e veiculação de um filme em comemoração ao Dia da Consciência Negra, em novembro de 2009 e de 2010; a parceria com a Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial, que prevê divulgação da campanha ‘Igualdade é para valer – 2011’, Ano Internacional dos Afrodescendentes; a produção e veiculação do filme ‘Liberdade’, em comemoração aos 150 anos da Caixa, exibido em maio de 2011; a produção de filme em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa em junho de 2008; a produção de filme em comemoração ao Dia do Índio, exibido em abril de 2009 e abril de 2010; e o patrocínio da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

E você, o que acha do assunto? Para quem não viu o vídeo, segue abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=10P8fZ5I1Wk&feature=player_embedded


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Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Até o Historiador tem um dia "especial"- 19 de Agosto

Podemos discutir várias coisas sobre o Historiador. Mas aqui homenagearemos com apenas o viés romantico da profissão. Por isso queremos compartilhar com todos que:

“Amo a História. Por isso sou historiador”. Marc Bloch em Apologia da História ou Ofício do historiador já afirmava a fórmula/sentimento central que envolve este ofício. Ser historiador, um Bom historiador, requer atributos indispensáveis para a construção do conhecimento histórico: dedicação, paciência, erudição, curiosidade, disciplina, entre outros. Para isso tornamo-nos, por diversas vezes, caçadores, navegantes, detetives, e iniciamos nossas buscas e análises inferindo nas re(a)presentações simbólicas construídas por agentes históricos em suas realidades.


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