sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

CHE - O FILME





Continua rendendo boas histórias a vida e a luta de Ernesto Guevara, o Che. O filme da vez leva seu nome, tem uma grande produção internacional por trás e acabou crescendo tanto que virou não um, mas dois longas-metragens: “Che - O Argentino” e “Che – A guerrilha”.

Dirigidos por Steven Soderbergh os dois filmes trazem o ator porto-riquenho Benicio Del Toro como o personagem-título. E Rodrigo Santoro, em mais um de seus trabalhos internacionais, também está no longa, interpretando Raúl, irmão de Fidel Castro (Demián Bichir).

“Che” tem início no México, em 1955, quando Fidel e Ernesto Guevara se conhecem –o primeiro já planejava a Revolução Cubana, que consistia em derrubar o general Fulgêncio Batista do poder (ação que já havia sido tentada anteriormente, em 1953, mas falhou). No ano seguinte, as duas lideranças do movimento navegam até Cuba com mais 80 rebeldes para dar início à ação, que consistia na mobilização de camponeses e, com um exército cada vez maior, a conquista do poder na ilha.

Durante esse perído, Che e Fidel seguem por caminhos distintos, cada um liderando sua coluna, e as câmeras de Soderbergh acompanham apenas Che, com eventuais encontros entre os dois. O argentino lidera seu grupo com pulso forte, exigindo que todos tenham bom comportamento (condenando à morte os que roubavam ou violentavam mulheres), ajudando na alfabetização de seus homens e dando liberdade para aqueles que quisessem desistir da luta. Médico, ele tratava dos doentes e feridos, e em troca recebia fidelidade e cuidados durante suas fortes crises de asma.

Ao mesmo tempo em que retrata a caminhada de Guevara pelo interior de Cuba –pela selva e por pequenos povoados–, o filme revela cenas do guerrilheiro em Nova York durante os anos 60, em seu discurso na ONU e durante uma entrevista. Num dos trechos, a jornalista quer saber: “O que é mais importante para ser um guerrilheiro?”. Che não precisa oensar muito para responder: “Amor”. E explica que sem verdadeiro amor à causa pela qual se está lutando, nenhuma revolução pode ser realizada.

Foi assim, com inteligência, sensibilidade e até um pouco de ironia, que Guevara se transformou num dos maiores ícones da Revolução Cubana, adorado pelo povo que o adotou com se ele fosse um dos seus. Mas o sonho de Che era maior: ele queria promover a revolução em toda a América Latina. E é justamente dessa ambição que surge o segundo filme, “Che – A guerrilha”, mostrando as andanças do médico pelo interior da Bolívia, tentando repetir o feito cubano. E, como a história mostrou, não sendo bem-sucedido.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ensino de História

Por Admarino Júnior*

Para que serve a História? Ou melhor, Porque devemos estudar História? Acredito que tais indagações, sejam habituais nos pensamentos dos sujeitos, sobretudo, no processo de ensino da disciplina História. Haja vista que, dar um sentido a esta disciplina, é um fator imprescindível que deve ser encarado pelos profissionais da área. E, por conseguinte, promover a formação do cidadão crítico e reflexivo consciente de ser um sujeito histórico de seu tempo (presente).

Gostaria de chamar a atenção dos nossos seguidores e simpatizantes da nossa “Fé”, neste texto, que o conhecimento histórico está presente no cotidiano das pessoas, e no âmbito escolar, dos educandos. Neste caso, ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, ou seja, estabelecer relações entre os conteúdos e seus saberes prévios é dar sentido ao ensino e, sobretudo de História.

Observando os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) de História do ensino Médio, que busca estabelecer diretrizes para o ensino, explicita como objetivo de ensino da disciplina:

“(...) a superação da passividade dos alunos frente à realidade social e ao próprio conhecimento, faz-se necessário levá-los ao desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem a compreensão da lógica dessa realidade e da construção do conhecimento.” (PCNEM, 1999, p. 74)

Por outro lado, esta proposta dos PCN’S vem sendo profundamente ignorada pelos pseudo-professores, principalmente por aqueles que em processo de formação, incidem criticas sem procurar apresentar uma proposta de reformulação. Desconhecendo a égide do ensino, cometendo vitupérios e descomprometidos com a ética e estética do processo.

Diante disso, acredito que o conhecimento histórico, no momento, busca estabelecer diálogos com o seu tempo, reafirmando o adágio que “toda história é filha do seu tempo.” Sendo que os Profissionais da área deveram instigar os educandos a abandonar a curiosidadade ingênua, passando a adentrar na curiosidade epistemológica. Filosoficamente, a primeira está na esfera da alienação. Já a segunda no campo da criticidade.

Na verdade, a curiosidade ingênua que, “desarmada”, está associada ao saber do senso comum, é a mesma curiosidade que, criticizando-se de forma cada vez mais metodicamente rigorosa, torna-se curiosidade epistemológica.

Então, promover essa transformação é uma condição sine qua non no processo de ensino-aprendizagem da disciplina História e, por conseguinte, no processo da formação do professor de História.

Refletindo a História. JUNIOR, Admarino.

*Graduando em Licenciatura e Bacharelado em História (Universidade Federal do Pará), Graduando em Licenciatura Plena em Pedagogia (Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará) e Bolsista do Projeto Sistematizando Fontes em História da educação Profissional no Pará (séculos. XIX e XX)./ FAPESPA.